Nunca mais

E não saiu! E não saiu! Ainda agora se conserva pousado, trágico e fatal, no busto branco de Minerva. Negro demônio sonhador, seus olhos são como punhais! Por cima, a luz, jorrando, espalha a sombra dele, que flutua... E a alma infeliz, que me tombou dentro da sombra que flutua, não há de erguer-se, nunca mais.

O Corvo (fragmento) - Edgard Allan Poe

Tradução de Gondin da Fonseca

Ilustracão de Gustave Doré para la edición de 1884 (Nova York, Harper & Brothers)

Nenhum comentário: