" As plantas acenavam ao vento de agosto, nas suas hastes finas e verdes.
E disse-me a mais faladora de todas, alta e trigueira:
- Dás-me dez anos da tua vida? -
Eu só tinha cinco anos, pus-me a contar
pelos dedos,
Vi que ia ficar com muito pouco.
- Dou - disse eu -
E ainda hoje, que nunca mais soube de
mim,
vou com o vento, balouçando.
E agosto é todo o ano para mim."
Autor: Rui Belo, ensaísta e poeta portugues
Nenhum comentário:
Postar um comentário