Ar de vidro



Talvez uma manhã andando num ar de vidro, árido, 
voltando-me com um terror de bêbado. verei cumprir-se o milagre: o nada às minhas costas, detrás de mim o vazio.

Depois, como numa tela, acamparão de um jato 
árvores, casas e colinas para a ilusão costumeira. 
Mas será tarde, e eu partirei calado 
entre os homens que não se voltam, com o meu segredo.





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