Testamento de um homem de bom senso

Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: "Ele era assim..."

Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que vivi
para ser em lembranças prolongada.



Porém, se, um dia, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,
deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada.

Como uma luz, mais que distante, breve.
Carlos Pena Filho

Um comentário:

Richard disse...

Que bueno eso que te recuerden comiendo chocolate en un banco de plaza y que tu recuerdo pueda ser como una luz breve.
De todos modos, paradojicamente, recordaríamos en un momento a quien nos pide que su recuerdo sea solo un momento.
No conozco a este autor. Puedes decirme algo sobre él
Un abrazo y saludo persa desde Argentina