Perigos da leitura


A leitura, diz Schopenhauer, deve ser um ponto de chegada em que o pensador testa o que já trazia dentro de si. E não uma atividade erudita, como é para tantos filósofos letrados - e tantos escritores! - que escrevem para citar, para atestar suas leituras, para agradar e, sobretudo, para obter aprovação. Estratégia na qual a voz própria tende só a emudecer. Para chegar a si, é preciso ter paciência, desistir da onipotência e esperar que algo o atinja. Diz ainda o filósofo: "O pensamento sobre determinado objeto precisa aparecer por si mesmo, por meio de um encontro feliz e harmonioso da ocasião exterior com a disposição e o estímulo internos". A conexão entre o que se lê e aquele que lê define a literatura.

Extraído de texto do crítico José Castello

2 comentários:

Alondra disse...

Ese escrito dice mucho. A veces pensamos que repitiendo como loros vamos a quedar de ilustrados. Leer es asumir el escrito, y escribir es dejar fluír...
A veces me pregunto qué hago yo aquí, pero necesito soltar palabras.
Un abrazo desde el otro lado del charco.

Richard disse...

Estoy totalmente de acuerdo y vasta solo fijarse en la escritura académica en general.
Sin embargo la escritura no es , estimo, la traducción de un pensamiento ya existente sino un acto creativo y como tal si puede resultar peligroso para quien lo realiza o quien lo asume como muy bien dice alondra.